O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como o
mandante do assassinato do promotor, também foi acusado de mandar matar,
em 1990, na época o prefeito de Águas Belas, Hildebrando Albuquerque
de Lima. O político saiu ileso, mas dois dos quatro PMs que estavam com
ele morreram. José Maria também foi uma das peças principais da CPI da
Pistolagem, em 2000, quando foi acusado de liderar um grupo de
bandidos no Agreste. O termo “Triângulo da Pistolagem” surgiu nessa
época, quando também foram apontados como líderes de grupos semelhantes
Claudiano Martins, tio da advogada Mysheva, e Hildebrando Lima, vítima
do atentado em 1990. No ano passado, José Maria candidatou-se a
vereador de Águas Belas e conquistou 472 votos, ganhando o título de
suplente.
“O suspeito tem uma ficha criminal longa, inclusive
responde por homicídios de dois PMs e uma tentativa de assassinato
contra um ex-prefeito”, confirmou Oswaldo Morais, chefe da Polícia
Civil. Em 2006, os nomes dos integrantes da família Martins, que sempre
se revezaram nas cadeiras de prefeitos da região Agreste, voltaram a
ter seus nomes divulgados na imprensa após a deflagração da Operação
Alcaides, da Polícia Federal. Ao todo, 16 pessoas foram presas na
época, entre elas, Numeriano Martins, pai da advogada e prefeito de
Águas Belas na ocasião; Otaviano Martins, que era prefeito de Manari;
Manoel Ferreira dos Santos, na época prefeito de Tupanatinga; Claudiano
Martins, que era deputado estadual reeleito pelo PMDB, além de Braz
José Memésio Silva, ex-prefeito de Itaíba.
O cenário de criminalidade na região motivou a vinda de três
procuradores da República ao estado: Rafael Nogueira, Wellington
Saraiva e Francisco Chaves. O trio tem larga experiência. Eles poderão
ajudar em uma eventual reconstituição. “Ao que tudo indica, foi uma
execução, um atentado ao estado democrático”, disse Rafael Nogueira. Fonte: DP - (BLOG DO ADALBERTO PEREIRA).
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