Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na última terça-feira, (8) um abaixo-assinado pedindo penas mais rigorosas para os crimes
contra a vida no projeto de reforma do Código Penal. O documento é
fruto da campanha Pelo Fim da Impunidade, encabeçada pela União das
Famílias Vítimas de Violência e pela Frente Parlamentar Mista de Defesa
das Vítimas de Violência, e reúne 110 mil assinaturas coletadas em todo o
país.
Além do presidente do Senado, o documento também foi entregue aos
membros da comissão especial que está analisando o projeto de reforma do
código, formulado a partir do anteprojeto entregue por uma comissão de
juristas. Os parlamentares da frente e as famílias das vítimas querem
que a pena máxima para crimes de homicídio suba de 30 anos para 50 anos
de prisão. A pena mínima para homicídio simples, de seis para dez anos.
Os apoiadores da campanha também pedem a ampliação do regime fechado e
a volta de exames criminológicos, que avaliam a condição psicossocial
do preso antes de ele ter acesso a benefícios que reduzam o tempo de
prisão.
“É um clamor da sociedade que não aguenta mais os números da
violência no Brasil”, disse a deputada Keiko Ota (PSB-SP), que integra a
frente parlamentar e milita ao lado das famílias vítimas de violência.
“Eu conheço a dor dessas famílias. Há 16 anos meu filho foi sequestrado e
brutalmente assassinado com dois tiros no rosto. Os assassinos foram
condenados a 43 anos de prisão mas, com a progressão de regime, ficaram
apenas seis anos presos”, disse.
Os pedidos relacionados no abaixo-assinado poderão ser incorporados
ao texto do novo Código Penal até a semana que vem, quando termina o
prazo para apresentação de emendas ao projeto. Depois disso, o relator,
senador Pedro Taques (PDT-MT), terá 20 dias para emitir parecer sobre a
matéria. Em seguida, ela irá para a Comissão de Constituição e Justiça
do Senado. Ainda não há data prevista para votação no plenário. Fonte Agência Brasil - (BLOG DO ADALBERTO PEREIRA).
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