terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Cisternas que ajudariam famílias na seca são instaladas em lugares irregulares em Ipubi, aponta reportagem do Jornal Nacional


Cisternas em Ipubi
Em Pernambuco, os nossos repórteres encontraram problemas no uso de um sistema de proteção contra os efeitos da estiagem. Muitas cisternas, que deveriam armazenar água durante o período de chuvas, foram instaladas em lugares irregulares.
Em Ipubi, 608 famílias se cadastraram para receber uma cisterna. Dona Raimunda Maria de Jesus espera o reservatório há um ano. Enquanto isso, ela conta com a solidariedade do vizinho para matar a sede dos sete filhos.
“Tem dia que meus filhos não vão nem pra aula por causa da falta d’água”, conta.
As famílias têm pressa. Depois de um longo período de seca, a temporada de chuvas está pra chegar. Janeiro marca o início da estação chuvosa no sertão de Pernambuco e é preciso instalar as cisternas a tempo de armazenar a água que cai do céu para atravessar o período de escassez que sempre vem depois.
Cada cisterna custa cerca de R$ 5.800 e pode armazenar 16 mil litros de água. Só as famílias da zona rural, com renda muito baixa e que não têm outra cisterna poderiam ser beneficiadas. Mas enquanto muitos não têm água em casa, encontramos várias das novas cisternas instaladas irregularmente.
Um sítio já tem uma cisterna de concreto. Mas uma de plástico também foi instalada. Outra cisterna foi colocada numa casa em ruínas.
Cisternas em Ipubi 02
Em outro terreno, ela está num local onde existe apenas um pequeno depósito. O telhado não tem o tamanho suficiente para recolher a água para a cisterna.
Já outra veio parar na área urbana. A companhia de desenvolvimento dos vales do São Francisco e do Parnaíba, responsável pela instalação das cisternas, diz que vai fazer uma vistoria e recolher todas as que foram instaladas em locais irregulares.
“A cisterna será removida e será direcionada a quem de fato necessita. A gente não pode deixar que uma pessoa fique sem acesso à cisterna enquanto outro que já tem condição fique com a cisterna”, declarou Augusto Beserra, gerente regional de revitalização da Codevasf.
A Reportagem é do Jornal Nacional.

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