segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

FBC volta a negar exclusão de municípios no Canal do Sertão e manda recado a críticos: “Não se deram o cuidado de estudar o projeto”

O ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, voltou a responder indiretamente as críticas feitas pelo seu primo, vice-prefeito de Petrolina Guilherme Coelho, ao projeto Canal o Sertão. Na última quinta (12), em confraternização de fim de ano com a imprensa local num restaurante da Orla II, o ex-ministro disse que existe “muita desinformação” por parte daqueles que tentam minimizar a obra. Dois dias antes, Guilherme disse em sua confraternização com jornalistas e radialistas da cidade, que Fernando Bezerra “não gosta de irrigação” e que seria lembrado como “o ministro que deixou o Canal do Sertão ir embora”.
Evitando polemizar, FBC explicou que numa recente reunião com prefeitos de todo o Sertão do Araripe, ocorrida em Araripina, pôde informar que o projeto viabilizado vai captar 50 metros cúbicos de vazão por segundo. Juntamente com mais 25 metros cúbicos do ramal de Entremontes (no Eixo Norte da transposição), serão 75 metros cúbicos de vazão por segundo. “Isso é suficiente para irrigar 110 mil hectares”, disse.

O ex-ministro negou também ter havido exclusão dos municípios contemplados pelo projeto e contestou a informação de que apenas quatro deles seriam beneficiados. Mas revelou, por outro lado, que são 15, e não 17, os municípios beneficiados pelo Canal do Sertão.
Nesse primeiro momento, segundo FBC, foram identificados 70 mil hectares irrigáveis nos municípios de Petrolina, Afrânio, Dormentes, Santa Filomena, Santa Cruz, Santa Maria da Boa Vista, Parnamirim, Granito e Exu (todos em Pernambuco), além de Casa Nova (na Bahia). “Os estudos pedológicos estão sendo feitos para podermos definir de forma adequada e apropriada, agora que os editais de licitação foram feitos”, argumentou.

Sem exclusão
Ele ressaltou ainda que esses mesmos editais dos estudos pedológicos ainda não acontecerem para Ouricuri, Trindade, Ipubi, Bodocó e Araripina porque esses municípios estão nas chamadas “terras altas” do Araripe.

“É preciso que a gente tenha uma definição de projetos. Como é que a água vai chegar nessas terras altas? Não tem projeto, mas os estudos de viabilidade foram realizados pela Codevasf e apontam um custo de tarifa e de energia para se irrigar essas terras que não daria para rentabilizar as culturas. Estão sendo aprofundados os estudos, e disse isso aos prefeitos do Araripe, para sabermos se existiria um outro traçado, seja a partir de Santa Cruz ou da Barragem de Entremontes ou ainda numa derivação de água a partir do Ceará, no Eixo Norte da transposição, que está sendo analisada pela Codevasf e o Governo de Pernambuco. Portanto, não existe exclusão”, garantiu o ex-ministro.
FBC frisou ainda que o projeto conceitual do Canal do Sertão, concebido em 1992, previa a irrigação de 136 mil hectares e captação de 136 metros cúbicos por segundo – sendo 110 mil hectares só em Pernambuco.

Mas teremos as mesmas áreas a serem irrigadas. Agora, precisamos fazer essa discussão com seriedade, com tranquilidade, e não querendo politizar”, alfinetou o ministro, que ao ser perguntando se a questão estava sendo levada para esse campo, completou: “Já politizaram porque não se deram o cuidado de estudar (o projeto)”. Ele disse ainda que além do fator econômico, o projeto envolve também questões sociais e ambientais, sobretudo em relação à sustentabilidade do Rio São Francisco, que precisam ser levadas em conta. Sobre o assunto, aproveitou para reiterar sua posição favorável à transposição. “Fui o ministro que remobilizou toda a obra”, finalizou.

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