Está marcada para o dia 8 de abril, às 10h, no prédio anexo da
Assembleia Legislativa de Pernambuco, a primeira audiência pública que
debaterá novos critérios de contratação para artistas de outros estados
que se apresentam em Pernambuco. O Projeto de Lei 1857, de autoria do
deputado estadual Ricardo Costa (PMDB), propõe uma alteração na Lei
14.679/2012 - a qual prevê a destinação de 60% das apresentações para
artistas locais e 40% para atrações de fora. Pela nova proposta, os
mesmos índices percentuais deverão ser aplicados nos valores destinados a
contratações realizadas em eventos bancados com verba pública, a
exemplo do carnaval e São João.
A decisão sobre a realização da audiência pública foi definida, na manhã
de ontem, em sessão da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça
da Assembleia, presidida pela deputada estadual Raquel Lyra (PSB). O
encontro reuniu produtores e artistas locais como Israel Filho, Novinho
da Paraíba e o ator Reinaldo de Oliveira, diretor do Teatro de Amadores
de Pernambuco (TAP).
Raquel Lyra afirmou que serão convidados a participar da audiência
pública integrantes dos governos estadual e municipais. Atuando como
produtor cultural há 34 anos, Ademir Alves reforça a importância de se
ter um representante da Associação Municipalista de Pernambuco na
audiência. “Os prefeitos pensam de uma forma completamente diferente do
que foi debatido aqui hoje (ontem). Eles geralmente contratam o que, em
sua maioria, os filhos deles indicam - que são bandas e artistas de
fora”.
Para Ricardo Costa, este tema já deveria ter sido revisto pela
Assembleia. “Pernambuco cresce, se desenvolve, e o artista pernambucano
também precisa evoluir”, defendeu o parlamentar. O relator do projeto
será o deputado Tony Gel. Se dizendo fã do Chiclete com Banana, ele
reforçou que nunca permitiu a participação da banda baiana durante o São
João de Caruaru.
Cachês
O debate vem ganhando força após serem identificados, via Diário Oficial
do Estado, shows de artistas de outros estados em Pernambuco, bancados
com verbas de emendas parlamentares. Foi o caso do grupo paulista de
pagode Karametade, que tocou nove vezes no carnaval de Pernambuco, com
cachês de até R$ 75 mil. O fluminense Toni Garrido, do Cidade Negra, fez
sete apresentações no mesmo período, por R$ 630 mil.
Depoimentos
Nós precisamos é nos juntar, nos solidarizar, entrar em sintonia para
que esse projeto vá pra frente e se transforme num estandarte da cultura
pernambucana”,
Reinaldo de Oliveira, ator
Até que enfim está havendo uma briga, no bom sentido, em prol da nossa
cultura, que é fantástica. Mas ela precisa ser valorizada principalmente
pelos órgãos públicos”,
Israel Filho, cantor.
Forrozeiros/PE
BLOG DO ADALBERTO PEREIRA
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Os senhores não tem algo a discutir sobre educação por exemplo? A arte e a cultura devem ser levadas à todos, nessas oportunidades festivas temos pessoas de todas as partes do mundo, vcs pensam em limitar tambem a percentagem de pessoas que irão pra essas comemorações? O artista Toni Garrido é um dos que levam vários turistas para vcs, pense nisso! e como ele centena de outros excelentes músicos desse país! com artistas locais sendo a maioria seu carnaval, festa em questão seria o mesmo?
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