terça-feira, 27 de maio de 2014

Transposição lidera gastos em atrasos do PAC

As obras da Transposição do Rio São Francisco aparecem como o empreendimento que causou o maior prejuízo para os cofres públicos brasileiros devido ao atraso das obras, com R$ 11,7 bilhões em despesas extras entre os anos de 2010 e 2015. A transposição, que deveria ter o Eixo Leste terminado em 2010 e o Eixo Norte, em 2012, tem cerca de 58% das obras acabadas, e previsão de conclusão para dezembro de 2015. As informações são de um relatório feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que analisou o andamento de seis obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nas quais os atrasos teriam resultados em prejuízos da ordem de R$ 28 bilhões aos cofres públicos – valor próximo ao que será gasto com a realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Com o atraso no andamento das obras da Transposição, o orçamento da construção também foi aumentado, passando de R$ 4 bilhões para R$ 8,2 bilhões. “Se a obra deveria ficar pronta em três anos e sai em seis, isso reduz a produtividade global da economia”, afirmou o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Fernandes, para o Estado de S. Paulo. Além do aumento no orçamento da obra, os analistas também adicionaram R$ 5 bilhões aos custos de oportunidade de dinheiro aplicado na construção.

O estudo realizado pela CNI levou em conta também tudo o que deixou de ser produzido pela agropecuária, uma vez que a obra já deveria oferecer disponibilidade de água. O custo da oportunidade, ou seja, do dinheiro público investido nas obras e que ainda não foi convertido em benefícios, também foi considerado. Entretanto, o custo de energia que não foi gerada para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) foi subtraído.

As obras da Transposição do Rio São Francisco foram iniciadas em 2005, baseadas em um projeto datado de 2001, com informações desatualizadas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, em 2007, a licitação do projeto foi crivada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar ajustes, uma vez que os canais da construção passam por 477 quilômetros de terrenos de diferentes tipos.

A própria presidente Dilma Rousseff (PT) já havia reconhecido que o governo subestimou a complexidade da transposição. “A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Houve um atraso porque se superestimou a velocidade das obras”, afirmou a presidente, no último dia 13. Assim que estiver pronta, a transposição vai beneficiar 390 municípios nordestinos, com população somada de 12 milhões de pessoas.

O estudo da CNI apontou ainda que, apesar de diversos países terem problemas com prazos de construções, os atrasos nas obras têm se tornado bastante comuns no Brasil. Na análise, o órgão sugeriu que o candidato que ganhar as eleições intensifique as ações para concessões em infraestrutura. Facilitações para licenças ambientais e iniciativas para que os projetos sejam melhorados também foram apontados no relatório como alternativas.

A análise é parte das 43 documentos-propostas que serão entregues aos candidatos à Presidência da República em junho. Na ocasião, a CNI deve realizar um debate entre os presidenciáveis com os industriais. Além da Transposição do São Francisco, também foram analisados o aeroporto de Vitória, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o projeto de esgotamento sanitário em Fortaleza, a duplicação da BR-101 no Estado de Santa Catarina e as linhas de transmissão das usinas do Madeira. 



As obras da Transposição do Rio São Francisco aparecem como o empreendimento que causou o maior prejuízo para os cofres públicos brasileiros devido ao atraso das obras, com R$ 11,7 bilhões em despesas extras entre os anos de 2010 e 2015. A transposição, que deveria ter o Eixo Leste terminado em 2010 e o Eixo Norte, em 2012, tem cerca de 58% das obras acabadas, e previsão de conclusão para dezembro de 2015. As informações são de um relatório feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que analisou o andamento de seis obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nas quais os atrasos teriam resultados em prejuízos da ordem de R$ 28 bilhões aos cofres públicos – valor próximo ao que será gasto com a realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Com o atraso no andamento das obras da Transposição, o orçamento da construção também foi aumentado, passando de R$ 4 bilhões para R$ 8,2 bilhões. “Se a obra deveria ficar pronta em três anos e sai em seis, isso reduz a produtividade global da economia”, afirmou o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Fernandes, para o Estado de S. Paulo. Além do aumento no orçamento da obra, os analistas também adicionaram R$ 5 bilhões aos custos de oportunidade de dinheiro aplicado na construção.

O estudo realizado pela CNI levou em conta também tudo o que deixou de ser produzido pela agropecuária, uma vez que a obra já deveria oferecer disponibilidade de água. O custo da oportunidade, ou seja, do dinheiro público investido nas obras e que ainda não foi convertido em benefícios, também foi considerado. Entretanto, o custo de energia que não foi gerada para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) foi subtraído.

As obras da Transposição do Rio São Francisco foram iniciadas em 2005, baseadas em um projeto datado de 2001, com informações desatualizadas. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, em 2007, a licitação do projeto foi crivada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar ajustes, uma vez que os canais da construção passam por 477 quilômetros de terrenos de diferentes tipos.

A própria presidente Dilma Rousseff (PT) já havia reconhecido que o governo subestimou a complexidade da transposição. “A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Houve um atraso porque se superestimou a velocidade das obras”, afirmou a presidente, no último dia 13. Assim que estiver pronta, a transposição vai beneficiar 390 municípios nordestinos, com população somada de 12 milhões de pessoas.

O estudo da CNI apontou ainda que, apesar de diversos países terem problemas com prazos de construções, os atrasos nas obras têm se tornado bastante comuns no Brasil. Na análise, o órgão sugeriu que o candidato que ganhar as eleições intensifique as ações para concessões em infraestrutura. Facilitações para licenças ambientais e iniciativas para que os projetos sejam melhorados também foram apontados no relatório como alternativas.

A análise é parte das 43 documentos-propostas que serão entregues aos candidatos à Presidência da República em junho. Na ocasião, a CNI deve realizar um debate entre os presidenciáveis com os industriais. Além da Transposição do São Francisco, também foram analisados o aeroporto de Vitória, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o projeto de esgotamento sanitário em Fortaleza, a duplicação da BR-101 no Estado de Santa Catarina e as linhas de transmissão das usinas do Madeira. (PE/247).

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