Com
o atraso no andamento das obras da Transposição, o orçamento da
construção também foi aumentado, passando de R$ 4 bilhões para R$ 8,2
bilhões. “Se a obra deveria ficar pronta em três anos e sai em seis,
isso reduz a produtividade global da economia”, afirmou o diretor de
Políticas e Estratégia da CNI, José Fernandes, para o Estado de S.
Paulo. Além do aumento no orçamento da obra, os analistas também
adicionaram R$ 5 bilhões aos custos de oportunidade de dinheiro aplicado
na construção.
O
estudo realizado pela CNI levou em conta também tudo o que deixou de
ser produzido pela agropecuária, uma vez que a obra já deveria oferecer
disponibilidade de água. O custo da oportunidade, ou seja, do dinheiro
público investido nas obras e que ainda não foi convertido em
benefícios, também foi considerado. Entretanto, o custo de energia que
não foi gerada para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf)
foi subtraído.
As
obras da Transposição do Rio São Francisco foram iniciadas em 2005,
baseadas em um projeto datado de 2001, com informações desatualizadas.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, em 2007, a licitação
do projeto foi crivada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para
realizar ajustes, uma vez que os canais da construção passam por 477
quilômetros de terrenos de diferentes tipos.
A
própria presidente Dilma Rousseff (PT) já havia reconhecido que o
governo subestimou a complexidade da transposição. “A gente começou
bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do
mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Houve um atraso
porque se superestimou a velocidade das obras”, afirmou a presidente, no
último dia 13. Assim que estiver pronta, a transposição vai beneficiar
390 municípios nordestinos, com população somada de 12 milhões de
pessoas.
O
estudo da CNI apontou ainda que, apesar de diversos países terem
problemas com prazos de construções, os atrasos nas obras têm se tornado
bastante comuns no Brasil. Na análise, o órgão sugeriu que o candidato
que ganhar as eleições intensifique as ações para concessões em
infraestrutura. Facilitações para licenças ambientais e iniciativas para
que os projetos sejam melhorados também foram apontados no relatório
como alternativas.
A
análise é parte das 43 documentos-propostas que serão entregues aos
candidatos à Presidência da República em junho. Na ocasião, a CNI deve
realizar um debate entre os presidenciáveis com os industriais. Além da
Transposição do São Francisco, também foram analisados o aeroporto de
Vitória, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o projeto de
esgotamento sanitário em Fortaleza, a duplicação da BR-101 no Estado de
Santa Catarina e as linhas de transmissão das usinas do Madeira.
As
obras da Transposição do Rio São Francisco aparecem como o
empreendimento que causou o maior prejuízo para os cofres públicos
brasileiros devido ao atraso das obras, com R$ 11,7 bilhões em despesas
extras entre os anos de 2010 e 2015. A transposição, que deveria ter o
Eixo Leste terminado em 2010 e o Eixo Norte, em 2012, tem cerca de 58%
das obras acabadas, e previsão de conclusão para dezembro de 2015. As
informações são de um relatório feito pela Confederação Nacional das
Indústrias (CNI), que analisou o andamento de seis obras do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), nas quais os atrasos teriam resultados
em prejuízos da ordem de R$ 28 bilhões aos cofres públicos – valor
próximo ao que será gasto com a realização da Copa do Mundo de 2014, no
Brasil.
Com
o atraso no andamento das obras da Transposição, o orçamento da
construção também foi aumentado, passando de R$ 4 bilhões para R$ 8,2
bilhões. “Se a obra deveria ficar pronta em três anos e sai em seis,
isso reduz a produtividade global da economia”, afirmou o diretor de
Políticas e Estratégia da CNI, José Fernandes, para o Estado de S.
Paulo. Além do aumento no orçamento da obra, os analistas também
adicionaram R$ 5 bilhões aos custos de oportunidade de dinheiro aplicado
na construção.
O
estudo realizado pela CNI levou em conta também tudo o que deixou de
ser produzido pela agropecuária, uma vez que a obra já deveria oferecer
disponibilidade de água. O custo da oportunidade, ou seja, do dinheiro
público investido nas obras e que ainda não foi convertido em
benefícios, também foi considerado. Entretanto, o custo de energia que
não foi gerada para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf)
foi subtraído.
As
obras da Transposição do Rio São Francisco foram iniciadas em 2005,
baseadas em um projeto datado de 2001, com informações desatualizadas.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, em 2007, a licitação
do projeto foi crivada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para
realizar ajustes, uma vez que os canais da construção passam por 477
quilômetros de terrenos de diferentes tipos.
A
própria presidente Dilma Rousseff (PT) já havia reconhecido que o
governo subestimou a complexidade da transposição. “A gente começou
bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do
mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Houve um atraso
porque se superestimou a velocidade das obras”, afirmou a presidente, no
último dia 13. Assim que estiver pronta, a transposição vai beneficiar
390 municípios nordestinos, com população somada de 12 milhões de
pessoas.
O
estudo da CNI apontou ainda que, apesar de diversos países terem
problemas com prazos de construções, os atrasos nas obras têm se tornado
bastante comuns no Brasil. Na análise, o órgão sugeriu que o candidato
que ganhar as eleições intensifique as ações para concessões em
infraestrutura. Facilitações para licenças ambientais e iniciativas para
que os projetos sejam melhorados também foram apontados no relatório
como alternativas.
A
análise é parte das 43 documentos-propostas que serão entregues aos
candidatos à Presidência da República em junho. Na ocasião, a CNI deve
realizar um debate entre os presidenciáveis com os industriais. Além da
Transposição do São Francisco, também foram analisados o aeroporto de
Vitória, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), o projeto de
esgotamento sanitário em Fortaleza, a duplicação da BR-101 no Estado de
Santa Catarina e as linhas de transmissão das usinas do Madeira. (PE/247).
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