Aumentar o tempo total de estudo da população, a renda familiar média
e o acesso a serviços de saneamento básico e saúde são alguns dos
desafios que o vencedor da disputa eleitoral pelo governo de Pernambuco
terá que enfrentar.
O Produto Interno Bruto (PIB) do estado, que é
de cerca de R$ 125 bilhões, vem crescendo acima da média brasileira. No
entanto, os indicadores sociais reunidos pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1,7 milhão de famílias
pernambucanas têm renda per capita de até meio salário mínimo
por mês e estão inscritas no Cadastro Único de programas sociais do
governo federal. Dessas, 1,1 milhão recebem o Bolsa Família para
complementar a renda, um indicativo de que ainda precisam de ajuda
governamental para não viver na miséria.
No que se refere à
educação e trabalho, somente 10% dos jovens entre 15 e 29 anos estudam e
trabalham; 39,9% deles só trabalham e 26,9% não estudam nem trabalham.
Os números ajudam a explicar o alto índice de analfabetismo no estado:
20% das pessoas com 25 anos ou mais não têm instrução ou estudaram menos
de um ano. Apenas 22,4% das pessoas a partir dessa idade estudaram 11
anos, tempo suficiente para concluírem o ensino médio; e 8,1% estudaram
15 anos, o suficiente para concluir o ensino superior.
Na saúde, o
desafio do próximo governador de Pernambuco será fazer investimentos
que se reflitam no aumento da expectativa de vida da população. Entre os
homens, a esperança de vida ao nascer é de 67,9 anos, enquanto a média
brasileira é de 71 anos. Entre as mulheres, a expectativa é de 76,3
anos, ante a média nacional de 78,3 anos.
Ampliar o saneamento
básico também está entre os desafios do vencedor das eleições de outubro
no estado. Entre os domicílios urbanos pernambucanos que têm renda per capita
familiar de até meio salário mínimo, 50% não têm acesso a saneamento
adequado. Dos 185 municípios do estado, 22 não têm nenhum tipo de rede
coletora de esgoto.
Em outubro, seis candidatos disputarão o
comando do Poder Executivo estadual. O empresário e senador Armando
Monteiro (PTB) concorrerá ao governo pela primeira vez. Ele é o cabeça
de chapa da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, formada por PTB, PT,
PSC, PDT, PRB, PTdoB. Terá como vice Paulo Rubem Santiago Ferreira.
Antes de ser senador, Monteio foi deputado federal.
Jair Pedro
(PSTU) disputa pela segunda vez o governo de Pernambuco. Sem coligação
com outros partidos, ele terá como vice Kátia Maria da Silva Telles.
Jair Pedro é do Recife e já foi candidato à prefeitura da capital em
2012 e à vice-prefeito em 2008.
Assim como ele, José Carlos
Pantaleão da Silva (PCO) está se candidatando sem coligação. Servidor
público, ele já foi candidato a vereador do Recife em 2008. A chapa do
PCO tem Silvio Santos Pereira Lima como candidato a vice.
José
Gomes (PSOL) assume a liderança da coligação Mobilização por Poder
Popular, formada pelo PSOL e o PMN. A candidata a vice-governadora é
Viviane Nascimento. Gomes já foi candidato a vice-prefeito em 2008 e a
deputado federal em 2006.
O servidor público Miguel Anacleto
(PCB) também será candidato sem coligação. Ele não participou das
últimas eleições e terá como vice Délio Mendes Filho.
Paulo
Câmara (PSB) será o candidato da maior coligação para o governo de
Pernambuco. A aliança Frente Popular de Pernambuco é formada por PMDB,
PCdoB, PSB, PTC, PRP, PV, PTN, PR, PSD, PPS, PSDB, SD, PPL, DEM, PHS,
PSDC, PROS, PP, PEN, PRTB, PSL, além de seu partido, o PSB. Terá como
vice Raul Jean Júnior.
(Agência Brasil).
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