A disputa pelo Governo de Pernambuco promete ficar cada vez mais
acirrada. A mais nova arma nesta batalha poderá ser utilizada pelo PTB
já no início do guia eleitoral de rádio e televisão, a partir do próximo
dia 19. O partido avalia a utilização de um depoimento gravado pela
vereadora do Recife Marília Arraes, que apesar de ser prima do
presidenciável Eduardo Campos (PSB) está rompida com ele desde julho,
quando passou a apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro Neto
(PTB) e não a do afilhado político de Campos, o ex-secretário da Fazenda
Paulo Câmara (PSB).
No vídeo, com duração de cerca de 30 segundos, Marília aparece
vestida de azul, cor da campanha do petebista e, mesmo não citando
nomes, não poupa o socialista Paulo Câmara de críticas deveras ácidas.
"Tem um candidato com cara de governador e outro que sequer cara de
político tem. Que não é político", diz ela em seu depoimento.
A referência tem como base o fato do PSB alegar que a escolha de
Câmara para disputar a sucessão estadual teve como base critérios
técnicos, a exemplo da escolha do atual prefeito do Recife, Geraldo
Julio, que foi alçado à condição de candidato se nunca ter disputado um
cargo eletivo anteriormente. Armando também tem explorado o fato e diz
que o nome de Câmara foi definido uma imposição de Campos para manter o
Governo do Estado sob o seu controle.
"É por isso que a gente acredita que Armando Monteiro vai conseguir
tanto realizar o que a gente não conseguiu, quanto realizar muito mais,
porque a gente precisa de um candidato de verdade", arremata. "Eu vejo
Armando Monteiro com uma trajetória suficientemente legítima para ser
candidato a governador. Enquanto com outras candidaturas eu não observo
essa mesma legitimidade", completa.
As desavenças entre Marília e a cúpula do PSB começaram ainda época
da definição de quem seria o escolhido para disputar a sucessão de
Eduardo Campos à frente do Governo de Pernambuco. Marília não teria
concordado com os critérios que resultaram na escolha do nome de Paulo
Câmara e teria sofrido retaliação com a falta de apoio para se lançar
como candidata a deputada federal.
Pouco depois, em junho, Marília criticou nas redes sociais questões
internas ligadas ao partido. Na ocasião, embora tenha evitado citar
nomes, ela afirmou que o processo de disputa interna pelo comando da
Juventude Socialista Brasileira (JSB-PE) estava "comprometido" para
assegurar que o filho de Campos, João Campos, assumisse o posto de
Secretário Estadual da JSB-PE. "Existe uma articulação maior para que
outro jovem, sem envolvimento na juventude partidária, assuma o posto de
Secretário Estadual da JSB-PE, cargo principal, por meio do qual terá
assento na Executiva Estadual do PSB", postou na época.
O mais recente ponto de discórdia veio após ser divulgado que uma
cadelinha encontrada nas ruas do Recife por militantes do PSB e levada
para o comitê central de campanha do partido no Estado foi batizado com o
nome da vereadora. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e foi
duramente criticado por organizações de defesa dos direitos da mulher.
Marília também já havia declarado apoiar a reeleição da presidente Dilma
e afirmado que a postulação de Campos ao Planalto não seria a melhor
opção para o Brasil.
Confira aqui o vídeo gravado pela vereadora Marília Arraes em apoio à candidatura do senador Armando Monteiro Neto ao Governo de Pernambuco.
PE/247.
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