quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ELEIÇÕES 2014 - PTB quer usar vídeo de prima de Campos contra PSB

A disputa pelo Governo de Pernambuco promete ficar cada vez mais acirrada. A mais nova arma nesta batalha poderá ser utilizada pelo PTB já no início do guia eleitoral de rádio e televisão, a partir do próximo dia 19. O partido avalia a utilização de um depoimento gravado pela vereadora do Recife Marília Arraes, que apesar de ser prima do presidenciável Eduardo Campos (PSB) está rompida com ele desde julho, quando passou a apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) e não a do afilhado político de Campos, o ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB).
No vídeo, com duração de cerca de 30 segundos, Marília aparece vestida de azul, cor da campanha do petebista e, mesmo não citando nomes, não poupa o socialista Paulo Câmara de críticas deveras ácidas. "Tem um candidato com cara de governador e outro que sequer cara de político tem. Que não é político", diz ela em seu depoimento.
A referência tem como base o fato do PSB alegar que a escolha de Câmara para disputar a sucessão estadual teve como base critérios técnicos, a exemplo da escolha do atual prefeito do Recife, Geraldo Julio, que foi alçado à condição de candidato se nunca ter disputado um cargo eletivo anteriormente. Armando também tem explorado o fato e diz que o nome de Câmara foi definido uma imposição de Campos para manter o Governo do Estado sob o seu controle.
"É por isso que a gente acredita que Armando Monteiro vai conseguir tanto realizar o que a gente não conseguiu, quanto realizar muito mais, porque a gente precisa de um candidato de verdade", arremata. "Eu vejo Armando Monteiro com uma trajetória suficientemente legítima para ser candidato a governador. Enquanto com outras candidaturas eu não observo essa mesma legitimidade", completa.
As desavenças entre Marília e a cúpula do PSB começaram ainda época da definição de quem seria o escolhido para disputar a sucessão de Eduardo Campos à frente do Governo de Pernambuco. Marília não teria concordado com os critérios que resultaram na escolha do nome de Paulo Câmara e teria sofrido retaliação com a falta de apoio para se lançar como candidata a deputada federal.
Pouco depois, em junho, Marília criticou nas redes sociais questões internas ligadas ao partido. Na ocasião, embora tenha evitado citar nomes, ela afirmou que o processo de disputa interna pelo comando da Juventude Socialista Brasileira (JSB-PE) estava "comprometido" para assegurar que o filho de Campos, João Campos, assumisse o posto de Secretário Estadual da JSB-PE. "Existe uma articulação maior para que outro jovem, sem envolvimento na juventude partidária, assuma o posto de Secretário Estadual da JSB-PE, cargo principal, por meio do qual terá assento na Executiva Estadual do PSB", postou na época.
O mais recente ponto de discórdia veio após ser divulgado que uma cadelinha encontrada nas ruas do Recife por militantes do PSB e levada para o comitê central de campanha do partido no Estado foi batizado com o nome da vereadora. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e foi duramente criticado por organizações de defesa dos direitos da mulher. Marília também já havia declarado apoiar a reeleição da presidente Dilma e afirmado que a postulação de Campos ao Planalto não seria a melhor opção para o Brasil.
Confira aqui o vídeo gravado pela vereadora Marília Arraes em apoio à candidatura do senador Armando Monteiro Neto ao Governo de Pernambuco.

PE/247.
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