Brasília - A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (19) uma das maiores operações
de combate à pedofilia já feita no Brasil. A Operação Glasnost como foi
batizada, já expediu cerca de 80 mandados de busca e apreensão, além de
20 medidas de condução coercitiva e pelo menos um mandado de prisão
preventiva. A ação ocorre em 11 estados: Paraná, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão,
Minas Gerais, Bahia e Goiás. Cerca de 400 policiais federais participam
da operação.
Entre os alvos da operação há pessoas de todas as idades e
profissões, incluindo um policial militar, um soldado da Aeronáutica,
vários professores, bem como um chefe de grupo de escoteiros. Os
investigados compartilhavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e
até de bebês, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as
enviavam para seus contatos no Brasil e no exterior.
A investigação foi feita ao longo de dois anos e identificou quase
uma centena de brasileiros envolvidos com a produção e o
compartilhamento de imagens relacionadas à exploração sexual de crianças
e adolescentes na internet. Em todos os casos em que foram
identificados abusadores, foram tomadas providências imediatas, a fim de
que os abusos fossem prontamente interrompidos.
De acordo com a PF além dos alvos da Operação Glasnost, mais de 200
suspeitos continuam sob investigação. Entre os suspeitos foram
identificados, até o momento, três abusadores sexuais.Um deles abusava
sexualmente da própria filha, de apenas 5 anos de idade, e compartilhava
as imagens desses abusos na internet com outros pedófilos ao redor do
mundo.
A equipe de policiais envolvidos na Operação Glasnost também
identificou brasileiros residentes nos Estados Unidos. Eles estão sendo
investigados com a colaboração da Agência Federal de Investigação dos
Estados Unidos (FBI). O resultado final da operação, incluindo o número
de pessoas presas em flagrante durante o cumprimento das medidas, deverá
ser divulgado ainda hoje pela PF.
Fonte: Agência Brasil - (BLOG DO ADALBERTO PEREIRA).
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