O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, voltou a criticar o
governo Dilma Rousseff. Em Washington, o presidenciável pelo PSB disse
que a administração da inflação no Brasil é feita "da mão para boca",
com o governo segurando os preços administrados, para que eles fiquem na
casa de 1% a 1,5% ao ano, enquanto “os preços de alimentos estão na
casa de 10%, os custos pessoais na casa de 9% e o aluguel, em alguns
lugares, passando dos 15%”.
Nos EUA para receber o prêmio GobernArte, do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), em duas categorias, o governador disse que vê com
"preocupação" a situação econômica atual, marcada por inflação em alta,
baixo crescimento e desequilíbrio nas contas externas. "Mesmo com a
inflação num patamar abaixo do que encontramos em 2003, quando Lula
chegou ao governo, nós poderíamos estar com uma inflação muito melhor”.
Ele lembrou, no entanto, que a inflação atual é menos da metade do que
era em 2002. Naquele ano, o último da administração de Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), o IPCA ficou em 12,5%.
“É claro que a inflação para o assalariado brasileiro e para os
brasileiros mais pobres está acima da inflação oficial, porque a cesta
de compras das classes C, D e E é bem diferente desse indicador”,
afirmou Campos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve
de referência para o regime de metas de inflação, fechou 2013 em 5,91%.
Segundo ele, as eleições não podem ser um pretexto para o adiamento
de decisões econômicas que enfrentem os desequilíbrios. "Eu vi o
presidente Lula disputar o governo e acumular a democracia e a
estabilidade como um ganho em uma sequência, na qual a gente cuida do
que está errado e não desmancha aquilo que foi conquistado", disse,
lembrando antes que Fernando Henrique Cardoso havia herdado a
democratização do País.
Questionado sobre o que faria diferente, afirmou que é necessário
“coordenar efetivamente o tripé macroeconômico”, (o regime de metas de
inflação, o câmbio flutuante e metas de superávit primário), mas
ressaltando que ele, por si só, não responde a todos os desafios
brasileiros. “Nós precisamos melhorar a produtividade, animar os
investidores externos e internos a investir mais e avançar no comércio
exterior”.
Quanto à aliança PSB-Rede, ele deu a entender que ainda não há
consenso nos estados. “Mas em todos momentos nós deixamos claro que
somos partidos que temos identidades, temos diferenças. Se não
conseguirmos em todos os lugares estar na mesma posição, teremos
posições que respeitem o projeto nacional. Não há nenhum estresse.”
PE/247
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