Um dia após o pré-candidato e presidente do PSDB, Aécio Neves, ter
prometido inserir o Bolsa Família no seu programa de governo, o líder do
PT no Senado, Humberto Costa, subiu à tribuna da Casa para criticar a
postura do tucano. Segundo o senador, a defesa do programa por Aécio tem
objetivo “eleitoral”. “Com atraso de uma década, o PSDB vem demonstrar
preocupação com a erradicação da pobreza, propondo medidas inócuas e
eleitoreiras. É comovente assistir a essa assunção de culpa por um
partido que, quando esteve governando o Brasil por oito anos, atendeu
dez vezes menos brasileiros com programas sociais do que os governos do
PT”, afirmou Humberto.
O senador ainda questionou a proposta apresentada por Aécio de
inserir o programa na Lei Orgânica de Assistência Social. “Para
informação do presidente do PSDB, o Bolsa Família já é política de
Estado, prevista na Lei n° 10.836, de 2004, com uma gama de regulamentos
que disciplinam a articulação federativa para implantar, gerir e
fiscalizar o cadastro único dos programas sociais e o cumprimento das
metas é reduzir um programa reconhecidamente vitorioso de transferência
de renda em uma ação tangente de assistência social, o que seria um
retrocesso inaceitável”, rebateu o senador.
Com base em dados apresentados pela presidente do Ibope, o senador
afirmou que “o povo não consegue enxergar na oposição qualquer
capacidade de representar as mudanças de que o Brasil precisa”.
“Nesta história de trocar voto por um monte de propostas vazias
embaladas, em papel de presente, os brasileiros já não caem. O que
acontece é que, neste País, a oposição não tem, até agora, uma pauta
séria e consistente para oferecer à população brasileira. Vive de
ataques incongruentes, de inventar factoides e, vendo que nada disso
funciona, entra até na seara de querer se apropriar de programas
exitosos dos governos do PT para apresentá-los como se dela fossem”,
avaliou o senador.
PE/247
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