O apelido "Homem Elefante" veio das deformidades físicas decorrentes
de sua condição que, não raro, atraíam o olhar de curiosos na segunda
metade do século 19 e o tornaram em uma celebridade na Grã-Bretanha
vitoriana.
Antes de morrer, aos 27 anos, Merrick doou seu
corpo à ciência, mas, até hoje, pouco se sabe sobre as causas de sua
doença. Tentativas anteriores de extrair o seu DNA fracassaram uma vez
que seu esqueleto ainda estava sendo higienizado.
Agora, amparados por novas tecnologias,
cientistas da Universidade Queen Mary, em Londres, onde o esqueleto do
inglês está armazenado, acreditam que a rara condição do "Homem
Elefante" possa ajudá-los a entender como as células cancerígenas se
formam.
"Merrick sofria de uma doença que provocava o
crescimento excessivo de partes de seu corpo, daí a comparação com um
elefante", explica o professor Richard Trembath, coordenador do estudo.
"Mas outras partes de seu corpo apresentavam uma
aparência normal e isso revela muito sobre os fundamentos da formação
da célula, ou seja, como uma célula cresce e quanto ela para de
crescer", acrescenta.
A pesquisa começou faz pouco tempo, mas os cientistas já demonstram entusiasmo com a possibilidade das descobertas.
"Não acredito que o estudo levará à cura do
câncer, mas penso que a pesquisa ampliará o nosso conhecimento sobre a
má formação celular", prevê Trembath.
BBC
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